Dicas Para Administrar Seu Dom de Mediunidade


Há um grande equívoco de compreensão sobre a faculdade mediúnica, quando médiuns supõe que são os Espíritos protetores ou até os dirigentes das Casas Espiritas/Umbandistas -se participam de alguma- os responsáveis pela condução e direcionamento da sua mediunidade.

Esse equívoco, terceirizando o que lhe pertence, provoca muito desgosto e facilita a interferência negativa no campo mental da pessoa-médium; porque neste caso carece de por atenção no que lhe compete em termos de observação do que sente e pensa e das consequências, muitas vezes funestas disso, refletindo em todos os aspectos de sua vida, incluindo, é claro, a mediunidade.

Todos somos indivíduos individualizados e a ninguém compete cuidar do que é nosso. Podem nos ajudar, apenas. E a mediunidade, sendo um patrimônio da humanidade, é de cada um que seja humano, no grau que já a desenvolveu e somente a si mesmo cabe cuidar dela e dar-lhe o direcionamento que quiser.

Quando pensamos no médium usando, administrando e convivendo com sua faculdade mediúnica, estamos pensando em um ser humano semelhante aos demais, mas com uma capacitação sensitiva um pouco mais desenvolvida.
A diferença entre o médium e os que não têm a mediunidade ostensiva é a mesma que há entre um músico e os que não o são, entre um biólogo e quem não o é. Ou seja, o médium pode perceber, entender e sentir mais a ação dos Espíritos do que as demais pessoas. No demais, é como todas as outras, pleno de falhas e ignorâncias.

O desenvolvimento dessa potencialidade não representa melhor moral, mais espiritualidade, melhor ser humano ou pessoa consciente. E não é sinônimo de ligações espirituais boas e elevadas.

Mas pode representar, para alguns, um recurso inigualável de auto-conhecimento, de entendimento do funcionamento da vida sob a luz dos Princípios Espirituais e da vivência desses mesmos Princípios, como valores de renovação pessoal. Nesse caso, há uma grande oportunidade de aprender a conviver de forma saudável, natural e construtiva com os próprios recursos mediúnicos.

Seguem algumas dicas para exercer seu Dom de Mediunidade com Paz e Alegria:

- Seja o mais discreto possível.
- Evite comentários pessoais em torno das faculdades de que seja portador.
- Direta ou indiretamente, não provoque palavras elogiosas a você.
- Não queira se antecipar à experiência que apenas o tempo lhe conferirá.
- Confie na ação dos espíritos por seu intermédio, mas submeta tudo ao crivo da razão.
- Não permaneça na expectativa de bons resultados sem trabalho perseverante.
- Mesmo quando bem intencionados, acautele-se contra os bajuladores.
- Vacine-se contra a vaidade, não admitindo qualquer situação que o coloque em evidência.
- Não se afaste das atividades que, doutrinariamente, muitos consideram insignificantes.
- Jamais reivindique privilégios.
- Preocupe-se em dar exemplo de devotamento e amor à Causa.
- Eleja na prática da Caridade o seu ponto de sintonia contínua com os Planos Mais Altos.
- Aprenda a ouvir mais do que falar.
- Tenha sempre uma palavra de otimismo em seus lábios.
- Não condicione a sua presença na tarefa, fazendo com que a sua opinião prevaleça sobre as demais.
- Fuja de exercer domínio sobre quem quer que seja.
- Não ponha palavras suas na boca dos espíritos.
- Convença-se de que as Trevas possuem mil maneiras para fazê-lo cair.
- Toda vigilância de sua parte ainda é pouca.
- Quem aceita o primeiro suborno, começa a se vender por inteiro.
- Escolha caminhar entre pontos de referência que, realmente, possam lhe dar segurança na jornada.
- Não se considere completamente imune à fascinação.
- Em favor de seu equilíbrio mental, não ignore a sua condição de mero instrumento.
- Estude, mas não para mostrar que sabe e, sim, para que melhor avalie o tamanho de sua ignorância da Verdade.
- Com a sua condição de médium, não atropele a sua condição de espírita.
- O médium que mais recebe é aquele que mais doa.
- Faça, a sós, as preces que você costuma fazer em público.
- Dignifique o seu lar e a sua família.
- Não olvide que ninguém é melhor médium do que pessoa.
- O alicerce do edifício da mediunidade chama-se caráter.

Quanto mais a pessoa-médium sente-se bem consigo mesma, confiante e segura, melhor será seu desempenho mediúnico, pois, despreocupada do prestígio pessoal e do auto-engrandecimento, estará também afastando-se da vaidade e do orgulho que criam o medo de errar, a expectativa de ser mais e a cegueira quanto ao valor dos seus companheiros de tarefas.


* Fonte: Livro - Ao Médium Principiante
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Spartaco Ghilardi



Abraços Fraternos
Bruxo Branco.:.

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